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19 de Abril de 2024

Janaina Paschoal é contra o aborto. E você? Deixe a sua opinião.

STF realizará audiência pública para discutir o tema, da qual a professora e advogada foi admitida a participar.

há 6 anos

O direito das mulheres sobre seus próprios corpos justifica impedir outras mulheres de nascer? Assim a advogada e professora da USP Janaína Paschoal inicia sua manifestaçãoreferente à ADPF 442, na qual partido questiona no STF artigos do Código Penal que criminalizam aborto nas 12 primeiras semanas de gestação, entre outros motivos, porquanto seriam incompatíveis com a cidadania da mulher.

Janaína foi admitida a participar de audiência pública que ocorrerá de 3 a 6 de agosto, solicitada pela ministra Rosa Weber, a fim de discutir o sensível tema. No documento, a professora pede que a ação seja julgada improcedente, uma vez que os arts. 124 e 126 do CP foram recepcionados pela CF.

Em seu texto de 44 páginas, Janaína Paschoal busca dirimir cada argumento apresentado pelo PSOL no processo. Destaca que é equivocado o entendimento de que a proibição do aborto estaria alicerçada em concepções religiosas, o que poderia ferir a laicidade do Estado. Ela firma que há diferença entre estado laico e estado ateu, de modo que um argumento religioso há de ser levado em consideração. Por sua vez, a discussão sobre a vida é, para ela, tema de relevância para as ciências e a filosofia.

A professora afirma que o tema vem sendo tratado como parte do “planejamento familiar”, sendo que, para ela, “em nenhuma hipótese planejamento familiar contempla a possiblidade de impedir uma pessoa de nascer, uma vez concebida". Fala-se na petição sobre descriminalização quando, para Janaína, o que se busca, em verdade, é a legalização da prática – o que, sendo visto como tratamento, teria de ser inclusive disponibilizado pelo SUS.

Para ela, seria desproporcional deixar a fase intrauterina, “pela qual todos os seres humanos passam" carente de proteção. Ao longo de sua manifestação, Janaína ressalta que não há dispositivo constitucional em relação ao qual os artigos do CP possam se mostrar conflitantes. Incriminar o aborto, entende ela, não implica discriminação com as mulheres, diferentemente do que também alega o proponente.

“O bom, o justo e o mais seguro (para todos) é reconhecer a dignidade da vida humana desde os seus primórdios. O bom, o justo e o mais seguro (para todos) é resistir ao movimento crescente da banalização da vida humana. (...) Muito embora se repute a defesa da vida intrauterina como decorrência da crença em Deus, a verdade é que, mesmo que um dia se prove que Deus não existe, o direito a nascer há de ser assegurado, pois tal direito nada tem a ver com a ideia de pecado, ou mesmo de espírito, mas com o reconhecimento de outro limite."

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Fonte: Migalhas

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8 Comentários

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Um embrião não tem direito algum em detrimento da autonomia reprodutiva de uma mulher. A sociedade precisa parar de nos reduzir a animais reprodutores. Métodos anticontraceptivos falham, e independente disso, nada pode justificar uma gravidez compulsória. Abortar e parir são realidades intrínsecas do universo feminino e ambas devem ser decisões livres e conscientes. Pelo reconhecimento da nossa dignidade humana, pelo reconhecimento jurídico da autonomia do NOSSO poder de dar a vida (OU NÃO), pela legalização do aborto!! continuar lendo

Regresso !

Hoje em dia se da muito ouvido a qualquer grupo de manifestação, "pelos direitos".

Por causa desses grupos de lambanças ai, se coloca em pauta algo que nem era pra ser discutido.

Mundo perdido !

Quero não acreditar que alguém que já teve a experiência de ter filho esteja apoiando uma ... dessas. continuar lendo

- Um dos aspectos da liberação do aborto que ninguém comenta abertamente é o seu caráter EUGÊNICO e RACISTA.

- Alveda King, sobrinha do pastor Martin Luther King, em entrevista ao jornal Washington Examiner, afirmou que desde 1973, ano em que foi legalizado nos Estados Unidos, o aborto reduziu a população negra em aproximadamente 25%. Afirmou ainda que os números são confirmados por relatórios norte americanos oficiais.

- A rede abortista Planned Parenthood foi fundada Margareth Sanger, membro da Klu Klux Klan, e que procurava eliminar aqueles que considerava "membros não idôneos da sociedade" (negros e portadores de deficiência). 80% das clínicas abortistas estão localizadas em locais de maioria negra.

- A primeira clínica de aborto nos Estados Unidos foi aberta no bairro do Brooklin em NY, bairro cuja população era quase que inteiramente negra. A população negra representa algo em torno de 12% da população americana, mas 40% dos abortos são realizados em mulheres negras.

- No Brasil a maioria da população de baixa renda é majoritariamente negra. Uma das justificativas do projeto de Lei PL 882/2015, do deputado Jean Willys, é garantir o aborto seguro à população de baixa renda.

- Na prática, a aprovação do aborto representa uma eugenia social (reduzir a proliferação de população de baixa renda) e, indiretamente, racial.

- A Síndrome de Down foi praticamente extinta na Islândia após a legalização do aborto no país. A Irlanda segue pelo mesmo destino. Apenas 1 ou 2 bebês com a síndrome de down nascem naquele país de 330 mil habitantes por ano. Os testes médicos modernos e os "procedimentos de triagem" permitem detectar a anomalia genética enquanto o feto ainda está no útero (ultra-som, teste genético ou uma combinação dos dois). A Islândia permite a interrupção da gravidez após 16 semanas em caso de deformidade ou síndrome de down.

- O que você responderia se uma pesquisa de opinião perguntasse: Você é favorável a incentivar e estimular a interrupção da gravidez de pessoas pobres? Você é favorável a incentivar a estimular a interrupção de pessoas negras? Você é favorável a incentivar a interrupção da gravidez de crianças com síndrome de down?

- Na prática, apoiar o aborto é responder sim às perguntas acima. continuar lendo

Muito boa a matéria, acredito que todos tem o direito de nascer.

como nos também tivemos isso é justo.

injusto é decidir sobre um ser indefeso.
Acredito na VIDA. continuar lendo

Sabe, é um tema bem complicado, também não sou favorável à descriminalização do aborto pelo simples fato de a gravidez ser prevenida. Nos casos de estupro e risco de vida, como já está sendo aplicado é mais o que correto, mas abortar por causa de imaturidade, falta de prevenção? Não acho legal, o certo é ampliar as campanhas de prevenção, pois as pessoas não querem engravidar e não se protegem. Seria como não querer ter um cachorro e mesmo assim ir a um canil buscar um? Não quer? Não corra o risco... continuar lendo

Sou a favor e, talvez, radical. Meu ponto de vista é: Se for pra trazer mais mães que não planejam filhos e não têm a mínima estrutura para educá-los e filhos a esmo no mundo sendo mal visto pelo sociedade sou a favor. continuar lendo