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16 de Abril de 2024

Polícia indicia por racismo aluno da FGV que disse que 'encontrou escravo no fumódromo'

Inicialmente, entendimento era de que houve injúria racial. Advogado do indiciado diz que ele 'pede sinceras desculpas aos que se sentiram ultrajados pela situação'.

há 6 anos

A Polícia Civil indiciou pelo crime de racismo o estudante de administração de empresas da FGV-SP que compartilhou uma foto em um grupo de whatsapp com a frase: "achei esse escravo no fumódromo! Quem for o dono avisa!".

O indiciamento marca uma mudança de entendimento da polícia, que, inicialmente registrou o caso como crime de injúria racial.

O DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa) afirma que ele não atingiu só o estudante, mas sim "a coletividade das pessoas negras, promovendo a segregação", por isso o crime de racismo. O indiciado pode ter que cumprir pena de até 3 anos de prisão e pagar multa.

O advogado do acusado por racismo, Caio Metropolo Dias, afirmou que o indiciado está muito abalado com o acontecimento. Ainda estamos tentando entender com clareza o que de fato aconteceu, mas ele já pede sinceras desculpas aos que se sentiram ultrajados pela situação.

A Faculdade Getúlio Vargas afirmou que o "autor da postagem foi imediatamente suspenso de suas atividades pela Fundação Getulio Vargas, estando o caso sob a responsabilidade das autoridades competentes, não cabendo, em respeito a estas, interpretações ou análises de questões sub judice”.

Em um grupo da GV no Facebook, a vítima contou que foi chamado pela Coordenação de Administração Pública e informado que um aluno do 4º semestre do curso de Administração de Empresas compartilhou a foto com a frase.

No post, a vítima diz que o colega teve atitude " covarde ".

“Tão perto de mim...porque não foi falar na minha cara? Mas você optou pela atitude covarde de tirar uma foto minha e jogar no grupo dos amiguinhos. Se seu intuito foi fazer uma piada, definitivamente você não tem esse dom. Acha que aqui não é lugar de preto? Saiba que muito antes de você pensar em prestar FGV eu já caminhava por esses corredores. Se você me conhecesse, não teria se atrevido. O que você fez além de imoral é crime! As providências legais já foram tomadas e você pagará pelos seus atos”, diz post publicado em grupo da faculdade no Facebook.
“Não descansarei até você ser expulso dessa faculdade. Pessoas como você não devem e nem podem ter um diploma da Fundação Getulio Vargas. A mensagem é curta e direta. Mas serve para qualquer outrx racista da Fundação. Não passará!”

Na ocasião, em nota, a FGV afirma que ante "possível conotação racista da ofensa""aplicou severa punição ao ofensor, que foi suspenso por três meses".

" O comentário ofensivo foi feito em grupo privado do qual o ofensor fazia parte, sem qualquer participação, ainda que indireta, da FGV. Ante a possível conotação racista da ofensa, firme em sua postura de repúdio a toda forma de discriminação e preconceito, a FGV, tão logo tomou conhecimento dos fatos, tal qual prevê seu Código de Ética e Disciplina, de imediato aplicou severa punição ao ofensor, que foi suspenso de suas atividades curriculares por três meses, estando impedido de frequentar a escola, sem ressalva da adoção de medidas complementares, a partir da apuração dos fatos pelas autoridades competentes ", diz o texto.

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Fonte: G1

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