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26 de Abril de 2024

Furto de celulares: veja quem deve ser responsabilizado

Criminosos se aproveitam de eventos cheios para levar o aparelho de quem está ali para se divertir. Mas quem é responsável pela falta de segurança: governo ou organizadores?

há 7 anos

Furto de celulares veja quem deve ser responsabilizado

Ir a festivais, shows e festas privadas no Distrito Federal pode ser sinônimo de prejuízo. Os ingressos, que, em diversas situações, são caros, não limitam a entrada de pessoas mal-intencionadas. Os registros de roubos e furtos são constantes em dias de aglomerações. O principal alvo desses criminosos são os celulares: um objeto pequeno e de alto valor. Basta uma distração, e a bolsa já está aberta ou o aparelho não está mais no bolso. Segundo a Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social (SSP), de janeiro a abril de 2017, 2.176 celulares já foram furtados ou roubados na capital. Afinal, de quem é a responsabilidade pela segurança dos frequentadores desses eventos?

De acordo com o subsecretário de Operações Integradas, Leonardo Sant’Anna, ligado à Secretaria de Segurança Pública, dentro das festas, a proteção deve ser feita por uma empresa contratada pelos organizadores. Mas, segundo ele, falta interesse dos empresários em investir na segurança dos clientes. "Jamais vamos dizer que não devem ter festas em Brasília, porém, é necessário que haja uma preocupação maior em relação a isso, ou vamos continuar a ter problemas. O lucro desses eventos é muito alto, o que permite um investimento maior nesse setor", defende.

Furto de celulares veja quem deve ser responsabilizado

Beatriz Amiden, 35 anos, era uma das mais de 60 mil pessoas que estiveram presentes no Festival Villa Mix, no último 6 de maio, no estacionamento do estádio Mané Garrincha. Ela conta que, desde a chegada ao evento, já estava bastante atenta aos pertences que levava na bolsa. Não adiantou o cuidado. Nos poucos segundos que levou para cumprimentar um conhecido, o celular já não estava mais com ela. No site oficial da Apple, o smartphone furtado custa, aproximadamente, R$ 5 mil. "Tinha um mês de uso. Estou muito chateada. Nunca tinha acontecido isso comigo. É revoltante", desabafa.

Segundo Beatriz, dentro do evento, não havia nenhuma segurança e, quando procurou fora do local, informaram que não poderiam fazer nada. Ao comunicar o ocorrido à Polícia Militar, foi orientada a fazer boletim de ocorrência na delegacia. "Deixei para ir no dia seguinte, pois estava muito tarde. Eu até consegui achar meu celular pelo localizador, mas os policiais disseram que não poderiam ir atrás, pois estavam sem efetivo e também não tinham mandado para entrar na casa da pessoa", explicou. Cerca de 60 pessoas que foram furtadas no Villa Mix vão entrar com uma ação conjunta contra a organização da festa. "A gente se sente violentada e os organizadores não nos dão a mínima. É um absurdo", reclama Beatriz. O Correio entrou em contato com a empresa responsável pelo evento, mas não obteve retorno.

Distração

De acordo com o major da Polícia Militar Michello Bueno, responsável pela comunicação, as pessoas que participam dessas ações fazem parte de quadrilhas altamente especializadas. "Têm aqueles que furtam e os que guardam. Agora, está sendo comum usarem uma calça de lycra por debaixo de outra. Ali, cabem, aproximadamente, 30 ou até 40 aparelhos. São muito profissionais", relata.

As vítimas, segundo a polícia, são aquelas que estão desatentas e com o teor alcoólico mais alto. "Não perdoam, pois é um crime fácil e com uma pena amena. Ou seja, para eles compensa, pois o lucro é muito grande. E as vítimas estão sempre com o objeto na mão, pois é normal querer registrar o evento e postar nas redes sociais. E é justamente nesse momento que eles observam e preparam para praticar o delito", alerta.

A estudante Larissa Mota, 22 anos, é também umas das pessoas que já tiveram o celular furtado. Em 2016, ela esteve em um show dentro do Estádio Mané Garrincha e, quando foi ao banheiro, de repente, sentiu alguém puxar sua bolsa. Ao olhar para trás, viu dois homens correndo e notou que sua bolsa estava aberta e vazia. "Eu nem tive reação na hora. Me perdi das pessoas que estavam comigo e não tinha como me comunicar com elas.

Quando fui procurar ajuda dos seguranças, me falaram que não podiam fazer nada, pois não eram polícia e só estavam ali para apartar possíveis brigas", relatou.

Larissa chegou a fazer o boletim de ocorrência, mas não conseguiu ter o aparelho de volta.

Porém, a estudante tinha uma informação que ajuda, muitas vezes, a Polícia Civil a localizar diversos aparelhos frutos de roubo, furto ou receptação, que é o número de IMEI. Cada celular possui essa identificação e, quando o objeto chega às autoridades, é possível promover o rastreamento e até descobrir quem o roubou ou o receptou. É de extrema importância que o consumidor, ao adquirir o celular, anote e guarde esse número que vem na caixa ou no próprio aparelho, no local da bateria.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a maioria das pessoas que cometem esse tipo de delitos durante as grandes festas está em uma faixa etária de 15 a 24 anos. Aproximadamente, 40% dos adolescentes ou dos adultos envolvidos nesse crime já foram apreendidos ou presos, pelo menos, cinco vezes.

Penalidades

Dados apontam que, só naquele dia 6 de maio, foram registradas 121 ocorrências em toda a região administrativa de Brasília, que inclui Asa Sul e Asa Norte e a região central. Só no Villa Mix, foram 407 queixas. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) revela que a organização do evento recebeu uma notificação, pois o número de pessoas presentes na festa foi superior ao que eles tinham repassado para o órgão e a quantidade de profissionais de segurança, inferior ao que havia sido solicitado.

Todos os eventos que ocorrem na capital precisam ser cadastrados e detalhados na SSP. A Secretaria tem equipes que fiscalizam, no dia da realização, todas as regras previamente acordadas; caso seja diferente, os organizadores são notificados. De acordo com o órgão, os eventos cadastrados em 2017, em Brasília, bateram recorde em relação aos outros anos. A expectativa é de que, até dezembro, o número chegue a 15 mil. Durante todo o ano de 2016, foram 10.939 cadastramentos.

Cuide do que é seu

  • Nunca vá sozinho ao local no qual o aplicativo de rastreio indica onde está o celular. Informe à polícia.
  • Em caso de roubo ou furto, registre ocorrência na delegacia.
  • Evite mostrar o celular em lugares públicos.
  • Não guarde o telefone no bolso traseiro da calça.
  • Na rua, não ande e digite ao mesmo tempo.
  • Atenção na hora de fechar a bolsa.

Fonte: CorreioBraziliense

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6 Comentários

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É impressionante como, em nossos tempos, foge-se da realidade como o tinhoso o faz da Cruz. Não, ninguém é responsável pelo furto do que quer que seja senão o meliante, o larápio, enfim, o bandido que subtrai de terceiros o que não lhe pertence. Simples assim. Daí um bom motivo para se deixar de impor, a terceiros, o ônus do nosso infortúnio. continuar lendo

Pois é,

O Conceito é semelhante ao crime de estupro, onde o culpado é o "vestido curto".

Lamentável o conceito que se tem. continuar lendo

Este local que se destina a expor e debater ideias virou um balcão de anúncios indiretos "Marketing indireto/product placement".

Difícil está frequentar "nosso local", invadido por interesses diversos do instituído original; a cultura, Professores, Escritores, formadores de opinião de forma sadia e não publicações de verdadeiro mercantilismo.

Além deste fato, existem diversos, sítios políticos, com matérias pagas, oficiais, de jornais, e outros assemelhados que publicam uma quantidade tão elevada de postagens diversas dos tradicionais seguidores e usuários do JUSBRASIL que desaparecem, se tornam apenas um em muitos.

Há dias foi publicado pelo JUSBRASIL, em relação às nossas contribuições sendo de pouca monta, em face ao grande investimento em servidores, e equipe técnica necessários, restando em dificuldades financeiras o sítio.

Resta aqui poder questionar:

Seria tal volume de publicações comuns a causa?

Será que os usuários comuns são realmente os que originam a necessidade de tais recursos?

Será o caso de "filtrar" tais publicações e alocá-las em uma secção paga, em um "item" próprio?

O que pensam os usuários "comuns" a respeito de tantas publicações, extensões de jornais, de sítios oficiais, de sítios que cobram para o seu uso, que ministram cursos pagos, etc.

É muito difícil que uma publicação "comum" possa ser vista e comentada, com o objetivo de exercitar a escrita e a interpretação de textos devido à grande quantidade de outras publicações, muitas apenas buscando publicizar seus negócios, deixando inclusive "links" para venda de produtos/serviços.

Estas publicações, parece sufocar, aqueles que realmente frequentam o JUSBRASIL para a troca de conhecimentos e de aprendizado sem cunho financeiro.

Seria interessante a estatística das respostas. continuar lendo

olá, agora a material não deixa claro se podemos ou não responsabilizar os organizadores do evento...
como fica isto?

Ariadna continuar lendo

"artigo" copiado de jornal apenas como meio de publicidade do perfil que postou, não se propõe a dirimir a dúvida que está no próprio título! continuar lendo