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25 de Abril de 2024

Filho de viciada e prostituta vira Juiz e hoje ajuda jovens com histórias parecidas com a sua

Conheça a história do Juiz Michael J. Ryan.

há 7 anos

Filho de viciada vira Juiz e hoje ajuda pessoas carentes

Michael J. Ryan, um garoto pobre de Cleveland, tinha de tudo para entrar para as estatísticas mundiais da criança negra e sem condições que segue pelo caminho do crime.

Filho de uma dependente química, Michael cresceu em um lar desajustado em que presenciou incontáveis situações de violência doméstica praticada pelo padrasto.

No entanto, Michael usou sua verdade dolorida para transformar em objetivo de vida e, hoje, é um juiz de menores, cuja missão é ajudar as famílias carentes.

Todos os dias o juiz decide casos em Cuyahoga County Juvenile Court, um Centro de Detenção Juvenil, em Cleveland, EUA. São histórias de desvantagem, pobreza e fome, casos de violência, famílias desestruturadas e leis desrespeitadas. Semelhantes ao que vivenciou na própria família.

História

Ryan, hoje com 43 anos, passou por 11 escolas durante sua vida. Viveu na pobreza, sem a presença doe seu pai biológico, que era presidiário.

A mãe, viciada em heroína e prostituta, vivia em relacionamentos abusivos e acabou falecendo quando Ryan ainda tinha 13 anos.

Sozinho, assustado, mas com um propósito, em 1993, resolveu ir contra todas as expectativas e mudou de vida.

Com o incentivo da avó e com a ajuda de bolsas de estudo, Ryan pode cursar a Allegheny College, na Pensilvânia e se formou em Direito pela Faculdade de Direito na Universidade Estadual de Cleveland.

Começou sua carreira no departamento de direito da cidade, foi eleito para a corte municipal de Cleveland e, seis anos depois, em 2012, começou a atuar no Juizado de Menores, local em que pode cumprir sua missão de ajudar jovens carentes que vivem uma história bem parecida com a sua.

Atitude

"Eu percebo esse mesmo sentimento complicado num monte de crianças que vêm para o tribunal, especialmente os que vêm do mesmo bairro que eu vim", disse o juiz recentemente.

E continuou:

"Eu não vou permitir que eles usem isso como uma desculpa para se comportar mal. Eles têm opções, como eu fiz. E as escolhas que você faz podem custar a sua vida ou a vida que você espera ter."

Michael faz questão de compartilhar sua história para além das audiências.

Ele leva o público às lágrimas com discursos sobre a sua vida, pedindo aos ouvintes para nunca se contentarem com pouco e superarem quaisquer obstáculos que possam encontrar.

Autobiografia

Agora, ele escreveu sua história em um livro com detalhes angustiantes sobre sua infância e sua ascensão. É um livro de memórias, "O menos provável: dos Projetos de Habitação ao Palácio de Justiça". O livro está à venda na Amazon.

Num período difícil no Heights High - onde estudou quando foi morar com sua avó em Cleveland Heights - ele conta:

"Em vez de reclamar, dar desculpas ou jogar minhas mãos para cima e dizer que eu não poderia fazê-lo, eu simplesmente alterei a minha rotina. Eu mudei minha rotina para estudar mais, durante a minhas aulas".

Sobre a importância de um diploma universitário como ferramenta para superar seu passado:

"Se você olhar para a minha situação e compará-la com muitas crianças que tiveram circunstâncias semelhantes, era mais provável que eu estivesse morto, ou tivesse abandonado a escola, ou na prisão. O diploma universitário era um símbolo de fé e trabalho duro cumprido".

Fonte: Cleveland. Com

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12 Comentários

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É um exemplo de superação, com todas as adversidades que ele vivenciou, conseguiu tudo que dificilmente muitos com condições financeiras, famílias unidas e ainda assim procuram os caminhos mais fáceis para mostrar seus status e manter seus padrões. Parabéns ao Juiz Michael J. Ryan, e aos que escreveram esta biografia. continuar lendo

Que exemplo lindo! e não precisou de cotas raciais. continuar lendo

Cotas neste país de coitados é voto de cabresto. continuar lendo

Nós somos tudo aquilo que queremos ser: continuar lendo

Belo exemplo de perseverança e fibra moral. Detalhe: não precisou de cotas raciais na universidade. Não se julgava um coitadinho a ser ninado pelo Estado. Foi à luta e venceu.

Enquanto isso, na República das bananas... continuar lendo

E quanto a tratar desigualmente os desiguais?

É louvável a história desse juiz, mas esta não é o que acontece em regra. Se há muitos que tem oportunidade de construir uma boa carreira não aproveitam, quem dirá pessoas que não possuem o básico.

É muito fácil falar de meritocracia quando se tem a oportunidade. continuar lendo

Concordo em gênero, número e grau. continuar lendo