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26 de Abril de 2024

Ele nunca desistiu: candidato é aprovado após fazer 21 vezes a prova da OAB

Uma história de perseverança e superação.

há 7 anos

Ele nunca desistiu candidato aprovado aps fazer 21 vezes a prova da OAB

Sabe aquelas histórias de superação que comumente vemos nos filmes Hollywoodianos como, por exemplo, “À Procura da Felicidade” (2006), - protagonizado por Will Smith - que se vê em um ponto de sua vida em que tem que se reinventar para garantir a sobrevivência dele e do seu filho? Pois bem, materializar os sonhos na maioria das vezes não é uma tarefa fácil, mas se tiver persistência, será a única certeza que fará sentido à vida.

Hoje você vai conhecer a biografia de José Luiz Moura de Olindo, protagonista de uma história que envolve muita determinação. O sonho de ser chamado de doutor, usar um terno para ir ao trabalho, ter em sua trajetória a marca de um vencedor, inspirou este Bonitense por 45 anos.

Foi com esta idade que ingressou na faculdade de Direito depois de ter sido reprovado em sua primeira tentativa. Chegou a cursar um semestre de Ciências Contábeis, mas acabou desistindo porque sua vontade era atuar na área do direito. Retornou ao banco da faculdade, mas desta vez, para um novo desafio; vestibular para o curso de direito. Em 2002 começou a escrever estas páginas em sua vida, agora, como acadêmico do curso desejado na UNAES.

“Zé Luiz”, como é chamado por amigos e familiares, é natural da cidade turística de Bonito, filho de Sebastião Olindo e Eloiza Moura de Olindo. Nasceu na Fazenda Três Morros no dia 8 de dezembro de 1956, de uma família grande de 14 irmãos. Em meados de 1963, os pais resolveram tentar a vida em Sidrolândia. O pai era colchoeiro, para complementar a renda, os filhos ajudavam seu Sebastião a desenvolver o negócio.

Naquela época, estudar era coisa de gente “graúda”, dialeto que era sinônimo de quem tinha posse, poder aquisitivo; o rico, em resumo. A família morava próximo aos trilhos, numa residência simples de chão batido. Sem condições de estudar a vida foi passando a limpo, os desafios batiam a porta e o tempo, como sempre, não ‘perdoa os que dormem’.

Casou-se com Márcia Aparecida Soria de Olindo em 1981. A conheceu quando serviu o quartel, por intermédio da irmã dele. Onde começaram uma linda história de amor, e fruto disso, tiveram a filha, Fernanda Olindo.

O nosso personagem só concluiu o segundo grau na época (hoje o ensino médio) aos 44 anos, quando em 2000 foi chamado para trabalhar na Câmara Municipal, pelo então presidente, Newton Renato Couto. O médico clínico geral, teve uma participação especial na vida de “Zé Luiz”, porque foi Dr. Renato quem o incentivou a estudar, pagando inclusive um curso intensivo no instituto CESM, onde concluiu em 4 meses o segundo grau.

Vida acadêmica

Já em 2002, prestou seu primeiro vestibular pra Direito na Uniderp, porém não conseguiu ser aprovado. Era hora de usar da sua vontade de vencer novamente. Quando chegou no 2º semestre, fez mais um vestibular, escolheu Direito e Ciências Contábeis. Passou pra Ciências Contábeis, porém, estudou somente até outubro. Não era o que ele queria realmente.

Sabendo que não pararia por aí, certo dia, andando com amigos em Campo Grande, viu um folheto caído no chão. Curioso, foi ler, e era a propaganda de um vestibular em ICG (que hoje é FACSUL) pra Direito. Não pensou duas vezes, fez o vestibular e passou. Enfim, era o curso incluso nos seus planos.

Ele que nunca mediu esforços, trabalhava o dia todo no escritório do irmão (Doutor David Moura de Olindo), e estudava de noite. Com a rotina agitada, o tempo para estudar durante o dia era mínimo. Os horários de almoço ficavam curtos, pois morava distante do trabalho, na região do Carandazal, e muitas vezes ia a pé. E foram 5 anos “matando um leão por dia”.

Em 2007 colou grau, e no início de 2008 se formou. Os desafios começaram aí, e a história da sua persistência e vontade de vencer também, começam a ser testadas.

Desafios da OAB

“Zé Luiz” sabia o que o aguardava, só não imaginava que teria que ser insistente no sonho. E em 2008 fez seu primeiro Exame da OAB. Porém, não conseguiu êxito. Mas não desistiu. Estudou muito, começou a ler todos os códigos dias antes de cada prova, levando isso como hábito. Fez somente dois cursinhos, sendo um no terceiro e no último exame.

As matérias que mais gosta, sempre foram Ética profissional, Direito civil e penal. Ele conta que passado um tempo de duração das provas, ia cansando, como eram as últimas questões as que mais gostava, fazia as provas de trás pra frente. Nos últimos exames, começou a guardar pra si mesmo a ansiedade e datas das provas, por conta de toda a “pressão” que causava (inclusive na última prova foi sozinho).

Foram 21 exames feitos, sem desistir sempre. E em fevereiro de 2015 foi aprovado. Um sonho sendo realizado, e uma felicidade sem explicação. Porém, na data, estava trabalhando como Diretor de Trânsito, pintava muros, placas, (e não tem vergonha em dizer) o que viesse. Pediu demissão do seu cargo e em agosto de 2015 pegou a carteira da OAB. Não só ele, como a família toda vibraram com a sua conquista.

Anos de luta para os dias de glória chegarem. Hoje o Doutor José Luiz Moura de Olindo, atua no escritório de advocacia Moura de Olindo, juntamente do irmão que lhe cedeu uma sala. Diz que tudo foi no tempo em que Deus planejou. Era pra ter iniciado em 2008, aprovado em 2015, sem questionar. E deixa uma lição de vida por tudo que passou, sem desistir ou questionar.

Fonte: Região News

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44 Comentários

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Parabéns Dr. José Luiz , desejo uma carreira promissora e de muito sucesso !!!! continuar lendo

Parabéns, Dr. José Luiz. Espero muito que essa longa batalha até chegar à habilitação profissional o motive para continuar estudando tanto quanto antes, pois a luta diária nesta profissão é dura. São muitas as dificuldades mas ao mesmo tempo isso se torna uma ótima escola para a vida profissional. Seja muito bem vindo à classe dos advogados. Um grande abraço. continuar lendo

Sério??? O Pior são os comentários.

"Desejo de ser chamado de doutor", sério??? Primeiro tinha que acabar com essa "cultura lixo" de chamar pessoas sem doutorado de doutores.

Segundo, a prova da ordem é medíocre, vide a qualidade dos "doutores ADIVOGADOS" que estão atuando na área.

Pelo amor de Deus. Vai fazer ciências contábeis. continuar lendo

Nossa que grosso. continuar lendo

Nossa, falou TUDO que eu tava pensando.

~O sonho de ser chamado de doutor, usar um terno para ir ao trabalho, ter em sua trajetória a marca de um vencedor~ continuar lendo

Sr. Wanderley Silva, a dita lei caiu quando da Republica, um exame mais atento e atualizado, verificaria que o Marco Antônio Mendes Soares está com a razão. Em qualquer área, seja de humanas, exatas ou medicas o titulo de Doutor é atribuído para aqueles que defenderam uma tese inédita ou sob um ponto de vista inédito. Se diploma de advogacia tivesse, dar-me-ia por satisfeito o titulo de Bacharel. Na minha área, Física Nuclear, meu titulo é de mestre e acho mais simpático quando meus alunos me chamam pelo apelido ou professor. Já amigos com PhD, livres docentes ou catedráticos, se dão por satisfeitos quando a eles se dirigem como professor fulano, quando não pelo nome somente, guardando a titularidade para ocasiões solenes. Gostaria de lembrar que para conseguir um PhD em Física Nuclear o curso tem que ser em renomada universidade no exterior, algo assim como 15 anos de estudos ininterruptos após o mestrado.

Acredito que foi ironia destilada da Srta. Maíra Domingos Costa. continuar lendo

Essa da lei Áurea, retirou grandes partes de meu argumento. Parabéns pela lembrança, mas gostaria que fosse levado em conta o seguinte argumento:

" ....... Se qualquer lei deve obediência a Constituição e, havendo a promulgação de nova Constituição, as leis com ela compatíveis são recepcionadas, as contrárias perdem eficácia.

Assim, reza o art. 72, da Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, de 24 de fevereiro de 1891, que todos somos iguais perante a lei e traz algumas vedações:

“Art. 72 - A Constituição assegura a brasileiros e a estrangeiros residentes no País a inviolabilidade dos direitos concernentes à liberdade, à segurança individual e à propriedade, nos termos seguintes:

(...);

§ 2º - Todos são iguais perante a lei.

A República não admite privilégios de nascimento, desconhece foros de nobreza e extingue as ordens honoríficas existentes e todas as suas prerrogativas e regalias, bem como os títulos nobiliárquicos e de conselho. ..... "

A internet permite que leigos em advocacia, como eu, achem argumentos, as vezes tolos, para rebater especialistas.

Obs.´. Costumo tratar o medico e demais profissionais como Sr. Fulano de Tal. continuar lendo

Se a prova é medíocre, porque não tenta ser aprovado nela. Ciências contábeis são exatas, 2 mais 2. Direito é complexidade relacional, envolve desde a filosofia e sociologia, mais profunda até a psicologia relacional de superfície; isso, sem falar em criminologia, medicina forense, constitucionalidade, preceito fundamentais da vida em sociedade Etc, Etc. Etc. Se é tão simples como o senhor pensa, tente ler Nietz-: Assim falava Zaratrusta, por exemplo; Platão, diálogos. Kant A crítica da Razão Pura, da Razão prática. Depois que o senhor conseguir ler e entender isso, o senhor poderá opinar sobre o exercício do direito e profissão de Advogado. Alias, a Lei nº 11, de 1827, regulariza o título de Doutor para Advogados. Mas que estuda ciências contábeis não conhece isso. continuar lendo

Vicente, a contabilidade é uma ciência social e não exata.
Não há necessidade de graduar-se em direito para conhecer a legislação que menciona o título ao profissional, basta ter curiosidade.

Abraços. continuar lendo

Senhor Marco Antônio Mendes Soares, devemos respeitar os inscritos na OAB! continuar lendo

Parabéns Doutor, jamais devemos desistir dos nossos sonhos, continue assim! continuar lendo