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20 de Abril de 2024

Ocorrência de estupro por "pensamento" é registrada em delegacia

Um boletim de ocorrência inusitado ou uma previsão do futuro?

há 7 anos

Ocorrncia de estupro por pensamento registrada em delegacia

Um boletim de ocorrência inusitado consta nos arquivos da Polícia Civil de São Paulo: uma mulher afirmou ter sido estuprada “por pensamento” por dois homens. A ocorrência foi registrada na 3ª Delegacia de Defesa da Mulher, na Zona Oeste da capital paulista.

“Comparece a declarante noticiando que desde o dia seis do mês de junho do ano de 2010 vem sendo estuprada por pensamento por […] e […], ora partes”, escreveram no histórico do boletim as policiais que ouviram o depoimento da mulher, uma dona de casa de 39 anos, separada, que mora no bairro do Rio Pequeno.

A declarante alega que desde que conheceu […], este lhe concentra (a declarante chama a relação sexual por pensamento de concentração). Declara que […] mentaliza e possui o poder de lhe forçar ao ato sexual por pensamento sem lhe tocar”, informa a ocorrência.

Em outros trechos do boletim, a mulher contou que os supostos agressores mentais “não usam preservativo” e que o ato sexual lhe causa dores nos órgãos sexuais, pois “é cometido mediante violência e nenhuma das partes envolvidas é carinhosa durante as concentrações”.

Também há relatos de eram, segundo ela, as relações sexuais por pensamento, informando que os homens se revezavam e um deles “arrancava a sua roupa” e que “sempre tomava remédios, para não engravidar por pensamento”.

Em seu depoimento, a suposta vítima ainda pede a prisão dos “concentradores” porque “pretende se dedicar a um convento, visto que se cansou do ato sexual e deseja se tornar freira”.

Policiais da 3ª Delegacia de Defesa da Mulher, na Zona Oeste da capital paulista, pediram um exame psicológico da suposta vítima.

Fonte: Megajurídico

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54 Comentários

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Agiram muito bem os policiais.
Negar a fazer o BO talvez não tivesse agravado o problema, mas tê-la ouvido e registrado a ocorrência certamente deve ter acalmado um pouco (pelo menos temporariamente) a angústia da moça.
Providenciar uma avaliação psicológica, evidente, também foi uma providência acertada.

Apesar de parecer engraçado, as alucinações e transtornos psicóticos são muito reais e penosos para quem os sofre.

Conheci também uma moça que sofria de transtorno psicótico. Mesmo medicada, ela sempre sofreu de várias "realidades paralelas" que na sua mente eram muito reais.
Na maioria, essas realidades paralelas eram inofensivas. E, com o tempo, ela aprendeu a identificar situações mais perigosas.
Quanto isso acontecia, ela mesma ia até o hospital psiquiátrico e sugeria ao médico que uma internação por alguns dias seria recomendável.

Quem quiser saber mais sobre o assunto recomendo os livros de Oliver Sacks, especialmente "The Mind's Eye" e "Hallucinations". continuar lendo

"Negar a fazer o BO" Realmente não pode haver a negativa. Abraços. continuar lendo

Thomas Jefferson Pinto & Silvio Bahr Pinto,

O boletim de ocorrência é um documento oficial, parte da administração pública e, sendo assim, precisa obedecer os preceitos de legalidade, eficiência, motivação, finalidade, etc.
O BO serve para informar, à autoridade policial, de ocorrência, suspeita ou receio de fato que requeira a intervenção policial. Ou, em alguns casos, como meio de preservar direitos e assegurar o registro de informações que, obviamente, tenham relação com a realidade.
Portanto, o policial não está obrigado a relatar "qualquer coisa", muito menos uma fantasia exposta pelo cidadão que vai à delegacia ou posto policial.

Entretanto, o policial não deve pressupor que um relato trazido à delegacia, mesmo que exposto de forma fantasiosa, seja falso. A pessoa pode ter problemas mentais e, ainda assim, ter sido de fato agredida. Pode estar tão abalada e confusa que seja difícil de entendê-la.
Por isso mesmo foi muito acertado pedir avaliação psicológica.

Mas, infelizmente sabemos, casos como esse acabam sendo "chutados" para fora da delegacia.

Abraço. continuar lendo

Muito bom o seu comentário. Por mais que as pessoas achem engraçado e até denigrem a imagem dessa senhora, só quem conhece ou conheceu pessoas com esses problemas sabe o quanto é triste e penoso para ela e para sua família / conhecidos e nada engraçado o infortúnio alheio. continuar lendo

Fala isso, q agiram muito bem para os dois inocentes citados em um b.o. irrresponsável para satisfazer uma mentalmente perturbada. Fora comigo, processaria alguém por danos à minha imagem. continuar lendo

Sou psiquiatra e vejo casos assim o tempo todo. Como clínico no consultório e como perito no forum.
Provavelmente esquizofrenia (psicose). Grave e triste. Tem que ser orientada para um tratamento, mas parece que esse não seria o papel de uma delegacia. continuar lendo

Há mais mistérios entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia. continuar lendo

Concordo, Antonio N. "Tirou-me o pão da boca" com a frase do genial bardo. Talvez que em não muito tempo, o que chamamos convenientemente de "loucura" passe a ser visto como atributo científico. Sem querer polemizar ou dar roupagem outra à cidadã do fato em tela, Quem acompanhou os experimentos de russos e americanos durante a guerra fria, no campo mental, não desdenha inteiramente de fatos assim. continuar lendo

Gostaria de ver o advogado dessa pessoa tentando comprovar a ocorrência destes fatos kkk continuar lendo