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18 de Abril de 2024

Ex-detento apresenta TCC para juíza que o permitiu estudar

Caso aconteceu em São José, na Grande Florianópolis

há 8 anos

O formando do curso de Direito da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Lincoln Gonçalves Santos, ex-detento, defendeu seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) no último dia 22 de junho, no Campus Kobrasol, em São José, na Grande Florianópolis. Para compor a banca avaliadora, o aluno convidou a juíza Denise Helena Schild de Oliveira, titular da Comarca da 3ª Vara Criminal da comarca da Capital, que concedeu, na época, liberdade condicional a Lincoln em razão da progressão de regime, para ele estudar.

Ex-detento apresenta TCC para juza que o permitiu estudar

O trabalho defendido pelo acadêmico intitula-se “O sistema prisional brasileiro e a possibilidade de responsabilização internacional do país, por violação de documentos internacionais de proteção dos direitos humanos”. De acordo com o professor do curso de Direito e orientador de Lincoln, Rodrigo Mioto dos Santos, desde o início da orientação eles falavam sobre a possibilidade de convidar a magistrada, ideia aprovada em comum acordo entre aluno, orientador e coordenação do curso.

“Precisamos acreditar que a educação transforma. Neste caso, a educação mudou uma vida. A universidade e todo e qualquer professor, ao meu ver, tem esta missão. Demos a nossa contribuição, agora o futuro está nas mãos do Lincoln”, afirmou o orientador.

A banca avaliadora concedeu nota 10 ao trabalho realizado pelo formando em Direito. A juíza ficou muito satisfeita com o convite e, de forma emocionada, enfatizou: “Nem sempre se tem ideia do quanto é gratificante fazer justiça, abrindo caminhos e oportunizando a ressocialização de quem esteve à margem da sociedade”.

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Fonte: www.deolhonailha.com.br

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4 Comentários

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Tema muito interessante, e que sempre é esquecido pelos nossos candidatos nos debates eleitorais, cabe então ao judiciário enfatizar a importância do mesmo.
Infelizmente, com o atual sistema prisional, a ressocialização se resume a poucos casos, motivo pelo qual sou a favor da fomentação do trabalho aos detentos e de cursos profissionalizantes, na medida da possibilidade de cada caso.
Isso traria muitos benefícios a todo o sistema prisional, os detentos poderiam ter novas oportunidades no mercado de trabalho, além da remição de pena, bem como, poderiam contribuir para melhoria da própria infraestrutura do complexo prisional com trabalhos de carpintaria, agricultura e etc.
É como diz o ditado: "mente vazia é oficina do diabo", por outro lado, "o trabalho dignifica o homem". continuar lendo

Educação transforma ! continuar lendo

História inspiradora. Durante o curso de Direito encontramos tantos jovens cujos pais pagam a mensalidade (que é caríssima) e os mesmos não aproveitam a oportunidade para adquirir conhecimentos e transmiti-los à sociedade. É muito bonito esse gesto da juíza e serve de inspiração para os demais operadores do Direito, para que auxiliem os estudantes de Direito não somente para que se formem e passem no exame de ordem, mas principalmente, para que se tornem pensadores do Direito e não meros aplicadores.

Sabemos que os ex-detentos, no Brasil, são muito discriminados tendo em vista que o sistema prisional não ressocializa o indivíduo, sendo muitas vezes, uma escola do crime.
É importante destacar que as medidas alternativas à pena privativa de liberdade estão repercutindo grande efeito na sociedade e nós, como povo brasileiro, devemos abrir nossas mentes para essas medidas alternativas e acabar com o pensamento de que a criminalidade será resolvida por meio do cárcere. continuar lendo

Muito bom... Gostaria de saber se tal pesquisa foi publicada. continuar lendo